
Há algum tempo atrás, ouvi essa frase de uma grande amiga minha. Ao contar sobre os problemas conjugais que ela vivenciava, ela 'sem querer' proferiu essa pérola da relação a dois. Como diria o Ricardo Rangel, essa é uma pérola profunda da existência.
Por que?
Pelo simples motivo, meu caro leitor, que é muito difícil ter tesão por uma pessoa que te estressa o dia inteiro, que te trata mal, ou simplesmente ignora sua existência. A reclamação da minha amiga era justamente que o marido, ao sair de casa pela manhã, mal lhe dava bom dia, sumia o dia inteiro e a noite "vinha com a barraca armada".
Está certo, vamos combinar, sexo é uma parte muito importante de qualquer envolvimento afetivo. O problema (ou a solução) é que ele, por si só, não é capaz de sustentar uma relação duradoura. Se é problema ou solução, depende do tempo que o casal leva para descobrir esse fato puro sobre os relacionamentos.
Em posts anteriores já discutimos a respeito de como homens e mulheres encaram o sexo. Apenas para relembrar, o homem tem o sexo como uma necessidade biológica, enquanto a mulher (geralmente) encara o sexo como resultado de uma relação em que se têm muito carinho, respeito, companheirismo e dedicação. Em linhas gerais, todo casal já nasce com a grande missão de mediar o desejo biológico e a expressão do amor.
A questão fundamental aqui é simples: homens e mulheres são diferentes. Nem melhores nem piores - apenas diferentes, Cientistas, antropólogos e sociobiólogos sabem disso há anos, mas têm também a dolorosa certeza de que afirmar publicamente suas conclusões em um mundo politicamente correio como o nosso poderia transformá-los em verdadeiros párias de uma sociedade determinada a acreditar que homens e mulheres têm as mesmas habilidades, aptidões e potenciais - justamente quando a ciência começa a provar o contrário.
Para quem gosta de ler, em “Porque os homens fazem sexo e as Mulheres fazem amor”, Bárbara e Alan Pease discutem justamente sobre esses diferentes olhares que homens e mulheres têm a respeito da relação (afetiva e sexual). É uma leitura interessante, eu recomendo.
Relacionamentos felizes tem receita?
Têm. E uma bem simples: diálogo. Muitas das diferenças entre homens e mulheres só são compreendidas a partir de uma boa conversa. No caso da minha amiga, após uma boa “lavagem de roupa suja” eles voltaram às boas e o tesão retornou. Ela descobriu que, por exemplo, ele destava quando ela insistia em conversar na hora do jogo de futebol. E ele aprendeu que uma noite de sexo selvagem tinha relação direta com o “bom dia meu amor” e com o “como foi seu dia?”
E vocês, tem dado “bom dia” aos seus companheiros?
Abraços,
Cintia C.
Quem sou eu
- Cintia Coelho
- Betim, Minas Gerais, Brazil
- Psicologa de Profissão, Atleticana de Coração e Blogueira de desocupação. Não necessariamente nessa ordem. Futuramente, pretende fazer o que faz todas as noites: Tentar dominar o mundo.
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