17 setembro 2012
Olá Galera!

Cá estou eu de volta para falar de um tema bem moderninho: Relacionamentos virtuais. Que atire a primeira pedra quem nunca se apaixonou (ou no mínimo se interessou) por alguém que conheceu na internet? Ou se decepcionou ao descobrir que aquele príncipe encantado estava mais para um sapo bem verruguento?
A verdade é que a Internet elevou as relações humanas a um novo patamar, uma vez que não é mais necessário a presença física para se relacionar. Isso abriu as fronteiras do mundo a todos nós. Mas será que a presença do outro é mesmo dispensável?

As relações afetivas entre os sujeitos modificaram-se continuamente ao longo da história. Na pre história as relações sociais eram construídas não por afetividade, mas sim por necessidade, portanto os relacionamentos, principalmente os entre homens e mulheres, não tinham como base o amor ou a necessidade psicológica de intimidade pessoal, mas sim as necessidades práticas de cada dia (caça, pesca, luta, etc.). 

Já na antiguidade clássica as relações afetivas eram baseadas em uma “ligação espiritual” de mútua admiração entre os sujeitos. Os gregos idolatravam esses relacionamentos espirituais, não os carnais e acreditavam que o amor profundo só era obtido em relacionamentos homossexuais, geralmente entre velhos e garotos. 

Na Idade Média as relações afetivas sofreram várias interdições devido à vigência da moral cristã que renegava qualquer forma de prazer. Após o renascimento o amor passou a ser evocado como uma importante pré condição ao casamento, embora na idade da razão se acreditasse que 'o amor não e nada além do contato entre duas epidermes'. Com o estabelecimento do capitalismo surgiu, tal como o conhecemos hoje o amor romântico, em um contexto secular e individualista, numa cultura que valorizava e reconhecia a importância da felicidade individual. Os sujeitos passaram a prezar cada vez mais a sua liberdade de escolha, principalmente nas relações interpessoais (BRADEN, 2002). E é nesse contexto que surge a internet, uma das mais fantásticas formas de comunicação de todos os tempos.




A internet foi criada pelos norte-americanos, como arma contra a União Soviética, durante a guerra fria com o nome de Arpanet. Os americanos queriam uma forma de comunicação descentralizada, portanto de difícil interceptação. Com o final da guerra fria, percebeu-se que a internet poderia ser usada não mais como uma arma militar, mas como uma importante “arma” de comunicação, informação e entretenimento e a partir daí ela foi expandida rapidamente pelo mundo inteiro. Com essa expansão surgiram também espaços destinados a relacionamentos e comunicação entre pessoas, chamados bate papos ou chats.

Relacionamento Virtual: Saudável ou não?


A resposta a essa questão divide opiniões. Os relacionamentos virtuais têm seus prós e contras, adeptos e críticos. O fato é que a internet tornou-se onipresente em nossa sociedade, em nosso dia-a-dia e que uma forma ou de outra cada vez mais pessoas estabelecem relações via web seja por necessidade seja por diversão.
A interação em rede pode ajudar, por exemplo, uma pessoa inibida a melhorar a sua auto-estima e sua capacidade de interação social. Por outro lado ao valorizar-se muito este tipo de relacionamento perde-se um pouco da relação humana pessoal, na qual o indivíduo se conhece e se identifica. E a nossa sociedade depende muito desse tipo de relação interpessoal, no sentido de ligação direta, de identificação, de presença, de comunicabilidade, onde um fala e o outro responde,
Apesar das várias opiniões negativas a afetividade on-line não deve ser encarada como um mal, pois apesar de possuir pontos negativos, ela também possui seu lado positivo. As relações afetivas na internet devem ser encaradas, como disse Nicolaci da Costa, como um complemento para as reais, nunca como uma substituição. O ser humano tem necessidade de ver, olhar no olho, sentir o outro e por enquanto a internet não é capaz de reproduzir todas essas características. Assim pode-se afirmar que os relacionamentos virtuais podem ser saudáveis ou não dependendo da forma com que os sujeito os encara. Fazendo um bom uso da internet o sujeito pode obter inúmeros benefícios.

E você, já teve um relacionamento virtual?

Abraços,

Cintia.

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Betim, Minas Gerais, Brazil
Psicologa de Profissão, Atleticana de Coração e Blogueira de desocupação. Não necessariamente nessa ordem. Futuramente, pretende fazer o que faz todas as noites: Tentar dominar o mundo.

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