16 julho 2014
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O texto de hoje tem uma pegada diferente. Quero começar essa série, chamada "Impressões" para comentar livros, filmes, séries e outras formas de mídia que eu julgar que vale a pena mencionar. E gostaria de inaugurar essa coluna comentando um dos últimos lançamentos dos estúdios Disney: O filme Malévola (Maleficent)
"Baseado no conto da Bela Adormecida, o filme conta a história de Malévola (Angelina Jolie), a protetora do reino dos Moors. Desde pequena, esta garota com chifres e asas mantém a paz entre dois reinos diferentes, até se apaixonar pelo garoto Stefan (Sharlto Copley). Os dois iniciam um romance, mas Stefan tem a ambição de se tornar líder do reino vizinho, e abandona Malévola para conquistar seus planos. A garota torna-se uma mulher vingativa e amarga, que decide amaldiçoar a filha recém-nascida de Stefan, Aurora (Elle Fanning). Aos poucos, no entanto, Malévola começa a desenvolver sentimentos de amizade em relação à jovem e pura Aurora."¹
Queridos leitores, a partir desse momento, o texto contém alguns spoilers sobre o filme. Então se você ainda não viu e não quer estragar o suspense, recomendo parar por aqui e retornar quando terminar de assistir. Depois não diga que eu não avisei. É serio!
Umas das primeiras impressões é a pegada mais dark da produção. Ou seja, não é história de criancinha. Até porque ouvir a Malévola chamando a pequena aurora de "Praga" carrega certa dose de sarcasmo que gera risada nos adultos, pode gerar certa confusão nos muito pequenos.
Acredito que o grande avanço desse filme, com relação às tradicionais obras da Disney é a dissolução da dicotomia Bem x Mal. A protagonista oscila entre os dois extremos, fazendo que você a ame, odeie, volte a amar de novo, tenha pena e até torça por ela. Muito diferente da "Malévola" do filme "A Bela Adormecida" que todos amaram odiar. A Malévola de Jolie é mais humana, com sentimentos mais próximos da uma mulher comum, ao contrário da toda poderosa maligna retratada na animação da década de 1950.
Aliás, outro ponto que merece destaque é a relação entre Malévola e Aurora. Apesar dos desdobramentos que fizeram a protagonista lançar uma maldição sobre a menina, ao longo dos anos, Malévola se apieda da menina desenvolvendo com ela uma relação de muito carinho e cuidado. Relação essa que se torna chave para o desfecho da história. Afinal, o filme rompe com a ideia de que amor verdadeiro é apenas aquele entre homem e mulher (o amor romântico). Aliás, parece que isso vem se tornando tendência nas produções Disney, afinal vimos algo semelhante da animação "Frozen: uma aventura congelante".
Por fim, gostaria de fazer um comentário, quase dando um conselho: Nunca subestime uma mulher traída. Malévola é um bom exemplo do que uma mulher ferida é capaz de fazer. Traição pode realmente transformar fadas em bruxas.
É isso. Recomendo demais. A Disney (mais uma vez) acertou em cheio com essa produção.
Abraços,
Cíntia.
¹ Créditos da Sinopse: Adoro Cinema
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Quem sou eu
- Cintia Coelho
- Betim, Minas Gerais, Brazil
- Psicologa de Profissão, Atleticana de Coração e Blogueira de desocupação. Não necessariamente nessa ordem. Futuramente, pretende fazer o que faz todas as noites: Tentar dominar o mundo.
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