16 setembro 2016


Olá pessoas, 


Tem um tempo que estou querendo fazer essa postagem. Primeiro Mulan é uma das minhas animações favoritas (junto com UP e Divertida Mente) e outro porque estou a fim de falar sobre as representações da mulher na sociedade contemporânea.




"Você faz escolhas difíceis que afetam o seu lugar futuro na sociedade. Você tenta o seu melhor para desempenhar os papéis que lhe são oferecidos, mas a sua personalidade é poderosa demais para ser contida. Embora você seja respeitosa e amorosa para aqueles que se preocupam, em última análise, você deve ser fiel a si mesma. Você é inteligente, atenciosa e cheia de vida. Tudo o que você se propõe a atingir, você realiza com dignidade."


Embora muitos gostem de atribuir a Frozen uma revolução no pensamento Disney, não podemos deixar de mencionar que é com Mulan, que os velhos contos de fadas começam a mudar. Mulan não está a espera do príncipe encantado, não é um exemplo de graça e passa longe de ser a flor delicada que esperam que ela seja.

Para começar, Mulan não é princesa. Não no sentido estrito da palavra. Mulan é uma guerreira. Mas isso não a torna menos valorosa. Em Mulan II vemos o conselheiro real de um reino vizinho à China, aconselhar seu rei a aceitar Mulan como nora, porque ela "é a grande heroína da China, mais valiosa do que qualquer princesa". 

Fa Mulan é baseada no personagem Hua Mulan do poema épico The Ballad of Mulan. Hua Mulan se tornou uma figura lendária. Como pouca evidência existe que não seja o poema, não se sabe se ela foi uma figura real.

No filme, Mulan é a única filha de Fa Zhou, um ex-herói de guerra, e de Fa Li. Mulan é enviada para a cidade, onde deve encontrar um marido, mas seu encontro com a "casamenteira" é um grande fracasso. Logo após, o conselheiro do imperador chinês, Chi-Fu, chega em sua aldeia para anunciar que os hunos mortais, liderados por Shan Yu, invadiram a China, e que um homem de cada família deve servir na guerra. Mulan decide então se vestir de homem para evitar que o pai, que já se encontrava em idade avançada, fosse enviado para o campo de batalha. Na sociedade representada no filme, além de não existirem mulheres guerreiras, este era um crime punível com a morte. Ela se arrisca, se impõe e mostra que é capaz ao derrotar o grande imperador Huno.

Mas por que eu gosto tanto de Mulan?


Porque Mulan inspira milhares de meninas, que por algum motivo, sentem que não se encaixam no modelo de "esposa perfeita". Ensina que elas podem fazer suas escolhas de vida e serem felizes. Não me entendam mal, eu não tenho nada contra as mulheres que escolhem ser mães de família, esposas e donas de casa. Muito pelo contrário, as admiro profundamente. O que nos cabe questionar é que esta não deve ser a única escolha para a vida de todas as mulheres. (Papai do céu nos deu livre arbítrio ok?)

Não é errado querer ser princesa. Mas nem todas meninas precisam ser princesas. Podemos ser policiais, médicas, guerreiras, soldados, presidentes de grandes corporações, lutadoras, esportistas, atuar na construção civil, no setor automobilístico, ser dona de casa e ser astronautas. Podemos nem querer um príncipe nas nossas vidas. A estória de Mulan ensina que não tem problema ser diferente, não gostar de boneca, não saber cozinhar, ser desastrada ou não querer se casar. Ensina que todos nós temos nossas diferenças, mas ainda sim, somos capazes de coisas maravilhosas.


Abraços,

Cíntia C.

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Psicologa de Profissão, Atleticana de Coração e Blogueira de desocupação. Não necessariamente nessa ordem. Futuramente, pretende fazer o que faz todas as noites: Tentar dominar o mundo.

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