15 agosto 2016
Olá a todos!

Com certeza um dos filmes com o maior hipe de 2016 é a adaptação cinematográfica da aclamada HQ "Esquadrão Suicida" da DC Comics. Qualidade do filme a parte, o filme traz uma relação entre bem peculiar entre dois personagens - Coringa e Arlequina - que iremos abordar nesse post: As relações abusivas.


Sinopse:
Após a aparição do Superman, a agente Amanda Waller (Viola Davis) está convencida que o governo americano precisa ter sua própria equipe de metahumanos, para combater possíveis ameaças. Para tanto ela cria o projeto do Esquadrão Suicida, onde perigosos vilões encarcerados são obrigados a executar missões a mando do governo. Caso sejam bem-sucedidos, eles têm suas penas abreviadas em 10 anos. Caso contrário, simplesmente morrem. O grupo é autorizado pelo governo após o súbito ataque de Magia (Cara Delevingne), uma das "convocadas" por Amanda, que se volta contra ela. Desta forma, Pistoleiro (Will Smith), Arlequina (Margot Robbie), Capitão Bumerangue (Jai Courtney), Crocodilo (Adewale Akinnuoye-Agbaje), El Diablo (Jay Hernandez) e Amarra (Adam Beach) são convocados para a missão. 

A Dra. Harleen Frances Quinzel, também conhecida como Harley Quinn, apareceu pela primeira vez em Batman: The Animated Series no episódio "Um Favor Para o Coringa". Em suas primeiras aparições ela foi retratada como uma personagem totalmente dedicada ao Coringa e alheia à sua natureza psicótica e sua óbvia falta de afeto por ela.

A origem da personagem foi contada em The Batman Adventures: Mad Love. Foi escrita e desenhada por Paul Dini e Bruce Timm (dois dos produtores da série animada e criadores de Harley). A história em quadrinhos revelou a origens de Harley como uma Psiquiatra do Arkham Azylum que se apaixonou pelo Coringa. 

Embora sem se aprofundar muito, o filme "Esquadrão Suicida", nos flashbacks usados para explicar a origem da personagem Arlequina, vemos vislumbres de como a relação com o Coringa deixou marcas permanentes da Dra. Harllen Quinzel. 

Embora a maioria das pessoas estejam romantizando a relação entre os dois, olhos mais atentos podem notar que esse relacionamento não tem nada de saudável. Em um dos flashbacks é mostrada uma cena na qual o palhaço do crime pede a Harleen Quinzel uma prova de amor e desapego, perguntando se ela estaria disposta a abrir mão de si e da própria vida por ele. Em resposta, a Harleen salta dentro de um poço de ácido. 


Mas a dificuldade em detectar as relações abusivas não estão somente no filme. Relações abusivas, nunca começam abusivas. Elas são construídas lentamente, testando os limites e a tolerância do outro parceiro. Relação abusiva é aquela onde predomina o excesso de poder sobre o outro. É o “desejo” de controlar o parceiro, de “tê-lo para si”. Esse comportamento, geralmente, inicia de modo sutil e aos poucos ultrapassa os limites causando sofrimento e mal estar.

É tão difícil recuperar-se de um abuso emocional como é de um abuso físico. O abuso emocional provoca baixa auto-estima e depressão. Uma pessoa abusiva pode diz que ama e que irá mudar, no entanto, quanto mais vezes é recebida de volta, mais controle ela ganhará sobre o parceiro. Promessas vazias tornam-se a norma. 



Além de ser difícil de se identificar é ainda mais complicado sair de uma relação abusiva, por vários motivos, que podem ser: 

Emocionais e afetivos: insegurança e incerteza diante do que virá, medo de ficar desamparado (a), medo de reações provenientes do parceiro, crença de que o parceiro poderá mudar as atitudes e “ser uma boa pessoa”, medo de ficar sozinho (a), crença de que não conseguirá se restabelecer e seguir em frente.

Questões legais e jurídicas: desgaste relacionado ao tempo e à burocracia, falta de conhecimento por parte das vítimas sobre o que ocorre entre a denúncia e a sentença.

Sociais: a relação abusiva pode ter isolado a vítima e a mesma pode estar distante dos seus familiares e amigos.

Econômicos: principalmente quando a vítima depende do parceiro.

É importante ressaltar ainda que, embora a sociedade dê maior visibilidade às relações abusivas entre casais heterossexuais, o abuso ocorre também entre parceiros do mesmo sexo. Em relação à idade, estudos recentes demonstraram que adolescentes brasileiros afirmaram ter sofrido algum tipo de abuso no namoro, o que inclui um novo público nessa perspectiva.


O que fazer nesses casos?





Ao perceber que está sofrendo um abuso ou que está sendo abusivo é fundamental que esse sujeito busque apoio especializado (psicológico e em determinados casos jurídico). O site Livre de Abuso, fornece várias informações além de encaminhar todas as demandas para clínicas com atendimento social, em localidades próximas de onde as pessoas residem. O apoio familiar, dos amigos e conhecidos também é essencial, uma vez que é essencial criar/fortalecer laços sociais, que façam esse indivíduo sentir seguro, ouvido e acolhido.



Cíntia C.

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Psicologa de Profissão, Atleticana de Coração e Blogueira de desocupação. Não necessariamente nessa ordem. Futuramente, pretende fazer o que faz todas as noites: Tentar dominar o mundo.

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