03 agosto 2016
Olá a todos!

Sem promessas e justificativas do tempo que fiquei ausente (rssr)

Mas já tem um tempo que estou querendo escrever um post sobre o filme que já estava fazendo as pessoas chorarem com o trailer (eu chorei). O recentemente lançado "Como eu era antes de você".

Sinopse:
Rico e bem sucedido, Will (Sam Claflin) leva uma vida repleta de conquistas, viagens e esportes radicais até ser atingido por uma moto, ao atravessar a rua em um dia chuvoso. O acidente o torna tetraplégico, obrigando-o a permanecer em uma cadeira de rodas. A situação o torna depressivo e extremamente cínico, para a preocupação de seus pais (Janet McTeer e Charles Dance). É neste contexto que Louisa Clark (Emilia Clarke) é contratada para cuidar de Will. De origem modesta, com dificuldades financeiras e sem grandes aspirações na vida, ela faz o possível para melhorar o estado de espírito de Will e, aos poucos, acaba se envolvendo com ele.




Linda premissa né? Ja adianto que li o livro que inspirou o filme, então esse texto será um comparativo sobre ambos. Ah, e não tem jeito de comentar sem dar spoiller. Então, se você ainda não leu o livro ou viu o filme, sugiro que volte depois que fizer um ou outro (se for ambos, melhor).

O que eu achei?


Então, de modo geral o filme é lindo. O casal protagonista tem uma química excelente, os cenários são maravilhosos e a trilha sonora é sensacional (é serio, já ouvi zilhões de vezes). É lindo ver os dois se conhecendo, o jeito cativante da Lou, o gatíssimo Natan, (quem não ia querer um enfermeiro desse) e é claro o Will Trainor. (Sério, quem não ia querer o Sam Clafin para vida inteira?). 

Aliás a Lou é uma personagem sensacional que caiu como uma luva para a Emila Clarke. Ela conseguiu encontrar aquele tom apaixonadamente atrapalhado da personagem. Ficou perfeito. Aliás, vale a menção de que quando eu li  o livro, na minha imaginação, as roupas da Lou seriam algo baranguérrimo, mas confesso que ao final do filme até deu uma vontadezinha de usar uma meia calça de abelhinha :P 


Livro X Filme


E por falar em livro, o filme em essência é igualzinho ao livro. Sem surpresas e sem adições. Embora alguns trechos que eu acho bem fofos tenham ficado de fora (como a cena das tatuagens) o filme respeita bem a sequencia e a história contadas no livro.

Contudo, fiquei com a impressão que o filme é mais raso. Ele não se aprofunda tanto na história dos personagens, nem mesmo dos protagonistas. Fiquei com a sensação de que tudo aconteceu meio corrido e você não tem muito tempo para compreender as motivações dos personagens. E o mais prejudicado com isso e o personagem Will Trainor (vamos comentar isso mais adiante). Então, para quem já leu o livro, fica aquela sensação de que está faltando alguma coisa. 

Uma questão que senti muita falta é o histórico de abuso sexual da Lou. Esse aspecto do passado dela é muito importante para entendermos quem ela era, antes de conhecer o Will. Outro ponto que deixa a desejar é que filme toca brevemente na insistência do Will para que a Lou alce novos voos, que desenvolva seu potencial, porque esse ponto nos ajuda a entender, em parte, a decisão final que ele toma. 

Dessa forma, mesmo que a construção da relação dos dois tenha sido o foco, o filme não mostrou o quanto um foi decisivo na vida do outro. A Lou ficou mais forte motivada pelo Will, assim como Will é transformado pela doçura dela. No filme, a impressão que fica é que só a Lou tentou trasnformar o Will e no fim concordou com ele. 


Me before Euthanasia? (Como eu era antes da eutanásia)


E eis que surge o meu maior problema com ambas as histórias: o final. Você se apaixona por esse casal, com o modo que a relação dos dois é construída e ambos vão se transformando ao longo da trama e simplesmente o Will decide morrer?

Como pessoa que atua na causa das pessoas com deficiência, não consegui esconder minha indignação. Acredito que essa história perdeu uma excelente oportunidade de trazer uma visão mais positiva da vida das pessoas com deficiência. Na minha cabeça, seria muito mais bonito a Lou ser o catalizador de uma mudança de pensamento no Will, para que ele pudesse chegar a conclusão de que pode haver uma vida (muito boa) após seu acidente. 

Claro que eu entendo as motivações da autora e que a intenção dela era discutir "o direito de morrer". Mas isso é mais do mesmo. Já temos outros filmes e livros que trataram do assunto (como Mar Adentro, que eu amo). Seria muito mais revolucionário e tocante uma nova abordagem sobre o tema. 

No livro, como o assunto é tratado com mais profundidade, o Will convence não somente a Lou mas ao leitor de que isso é "o melhor para ele". O filme não passa essa sensação. Por isso entendi perfeitamente a indignação gerada logo após o lançamento do filme, que culminou com o #mebeforeeuthanasia chegando aos trends do twitter. 


O veredito


Mesmo com essas ressalvas, Como eu era antes de você é um filme que merece ser assistido e principalmente um livro que deve ser lido. É uma história bela, tocante e que faz a gente refletir sobre várias coisas. Sobre o quanto a vida é etérea. Sobre amor. Sobre mudanças. Recomendo também a leitura da continuação da história, o livro "Depois de você". Não é tão marcante quanto o primeiro, mas vale muito a pena descobrir o que aconteceu com a Lou depois.

Mas me contem, o que vocês acharam? Concordam? deixem nos comentários.


Abraços a todos.

Cíntia C.










1 comentários:

Anônimo disse...

O que acontece se ler o livro depois de ter visto o filme?

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Betim, Minas Gerais, Brazil
Psicologa de Profissão, Atleticana de Coração e Blogueira de desocupação. Não necessariamente nessa ordem. Futuramente, pretende fazer o que faz todas as noites: Tentar dominar o mundo.

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